quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Educação Infantil é cidadania"

Justificativa:
A cidadania só tem sentido como testemunho e prática de conhecimentos que levam à ação. É urgente levantar as bandeiras cidadãs e aprender a mobilizar conhecimentos para fazer intervenções solidárias. É um direito dos nossos alunos.

Objetivos:

- Despertar a consciência cidadã das crianças participantes do projeto;
- Proporcionar aos alunos oportunidades para que possam questionar, criticar, dar opiniões do que seria preciso mudar para que possamos viver num país melhor;

- Ajudar na formação de cidadãos conscientes de suas potencialidades, conhecedores de seus direitos e responsabilidades;

Falando de cidadania:

“Formar o cidadão é dar as orientações básicas de respeito 
e de condição social. A condição social é que faz o cidadão. 
É conscientizar e para isso é fundamental a escrita, a 
leitura, a compreensão do mundo. Através da educação, o 
aluno vai saber conhecer os seus direitos, as suas 
obrigações e saber respeitar o próximo. Saber ser gente"
            Ao percorrer as diferentes dimensões e espaços da Educação Infantil, percebe-se, com clareza, que essa primeira etapa da escolarização da criança tem um papel fundamental no processo de constituição do ser humano. Um olhar mais atento e cuidadoso sobre o trabalho que se realiza nos diferentes grupos que integram esse nível de ensino, vislumbra a complexidade desse período, tão rico em possibilidades de construções e de constituição de identidades. Por tudo isso, conferir ao vivo e em cores o cotidiano da Educação Infantil é, primeiramente, permitir-se viver o encantamento e a magia dos primeiros passos da formação de homens e mulheres na construção de uma cidadania plena. É, também, debruçar-se sobre a criança pequena e ter do ser humano sua melhor imagem.  Imagem que se multiplica ao longo da vida, principalmente quando a transição do contexto familiar para o escolar acontece com acolhimento, respeito, afeto e compromisso. 
             A compreensão, portanto, do ser humano, nessa primeira etapa educativa, é fundamental para organizar e estruturar um ambiente coletivo infantil de vivências, convivências e aprendizagens que respeitem o desenvolvimento bio-psico-social das crianças e promova ao mesmo tempo, os avanços necessários à ampliação do mundo físico e sócio-cultural, assim como a construção de conhecimentos e valores fundamentais a formação de sujeitos éticos.
              Nesta perspectiva, o dia-a-dia das creches e dos grupos de Educação Infantil prioriza as múltiplas linguagens da arte e carrega o burburinho próprio da curiosidade, da liberdade de movimentos e de expressões. O cantarolar de muitas vozes, não é só desejado, como deve ser assegurado e festejado todos os dias:
“Bom dia, bom dia,
a todos vou dar.
 Bom dia, bom dia,
                             feliz  a cantar.” (Domínio popular)
                  A chegada das crianças nas instituições educativas é também o encontro com as famílias. Recebê-las de braços abertos, compreendendo-as como parceiras essenciais é, antes de tudo, reconhecer o papel complementar da Educação Infantil. A troca permanente entre pais e outros educadores é fundamental para o desenvolvimento da criança em todas as suas dimensões, além de ser um aprendizado conjunto. Todos crescem nessa interação. Crescem as crianças, as famílias, crescem os educadores, crescem as instituições, cresce toda a comunidade envolvida.
                   Esse desafio cotidiano exige das instituições de Educação Infantil o repensar diário de sua organização. O rever permanente dos caminhos percorridos. Rever os espaços, rever os tempos e os diferentes ritmos estruturadores da rotina de atividades que integram o educar/cuidar. Dessa forma, toda a comunidade educativa é convidada a redimensionar e qualificar o projeto político pedagógico, em que está inserida.  .Por meio da rotina, a instituição revela as concepções que se tem de criança, de educação e dos profissionais que nelas atuam. É importante entendê-la como um caminho, uma cadência de atividades que norteia e organiza as ações pedagógicas. Pela sua regularidade, a rotina garante à criança segurança, pois define o que vai acontecer ao longo do dia, da semana, do mês e do ano, reafirmando sua condição de sujeito nessa construção. Envolver os meninos e as meninas, de tão pequena idade, nessa construção exige, por parte dos adultos, sensibilidade e escuta. Requer considerar o que é próprio de cada idade: interesses, gostos, anseios, preferências, motivação, ritmos, formas de comunicação e interação, bem como as histórias de vida e seu contexto sociocultural, a fim de estabelecer diálogos, compartilhar significados e firmar acordos coletivos de convivência. Dessa forma, a instituição estará contribuindo efetivamente para o desenvolvimento da autonomia da criança e para a constituição de sua identidade cidadã.