terça-feira, 27 de março de 2012

Hipóteses sobre a construção do número segundo a didática da matemática


A pesquisadora Délia Lerner, no livro A Didática da Matemática, faz um relato sobre as hipóteses que as crianças levantam a cerca da cosntrução do número. Essas hipóteses não tem uma ordem ou uma idade para que aconteça. Elas dependem do contato que as crianças têm com os números e como elas interagem com eles. Essas hipóteses estão brevemente resumidas a seguir:
· Escreve como se fala. Por exemplo, para 125 escreve 100205
· Quanto maior a quantidade de algarismos, maior o número. Por exemplo 14537 é maior que 937. Essa generalização pode induzir a erros quando chega à fase dos números racionais, por exemplo: acreditam que 0,35 é maior do que 0,5.
· O primeiro é quem manda. Por exemplo: acreditam que 954 é maior do que 14537.
· Délia Lerner fala ainda sobre os nós 10, 100, 1000, etc, que seriam mais facilmente “gravados” pelas crianças.
Muitas vezes a criança lê o número corretamente mas na escrita usa diferentes hipóteses porque na leitura o número já está posto.
O contato e a interação com os números são os responsáveis pela superação e o avanço nas hipóteses.
Para isso é importante que os alunos sejam colocados em contato com situações do dia-a-dia em que os números aparecem dentro do seu contexto real.
Simular um mini-mercado é uma boa situação de aprendizagem pois os alunos podem ver os valores e descobrir se o dinheiro que possuem é suficiente para comprar determinado produto. Fazer painéis com números dos calçados dos alunos e colocá-los em ordem crescente também ajuda os alunos a ler e comparar quantidades, assim como altura, peso, etc.
Outra boa situação é trabalhar com a contagem de diferentes objetos como na foto ao lado. Nesta atividade os alunos receberam diferentes materiais escolares e tiveram que contar quanto tinha de cada um, registrar e depois analisar o que tinha em maior e em menor quantidade.
Outra dica importante é que os alunos sempre possam registrar os numerais que estão sendo trabalhados, que não trabalhem apenas oralmente e que possam socializar suas escritas de modo que o confronto das mesmas possa levá-los a uma escrita convencional do número superando as hipóteses iniciais.

Clique nos temas e acesse os encartes matemáticos:

Teoria 1 – sobre os sistemas de numeração

Teoria 2 – cálculo mental

Teoria 3 – campo aditivo

Teoria 4 – campo multiplicativo

Atividade 1 – sistemas de numeração

Atividade 2 – cálculo mental

Atividade 3 – campo aditivo

Atividade 4 – campo multiplicativo

Prática 1 – sistemas de numeração

Prática 2 – cálculo mental

Prática 3 – campo aditivo

Prática 4 – campo multiplicativo

Material Dourado – Nova Escola

Referencia: Revista Nova Escola, da Editora Abril.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Especial Psicomotricidade


O que é psicomotricidade? Qual sua importância?



Entendemos a psicomotricidade como a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Desse modo, a psicomotricidade como ciência da educação, procura educar o movimento ao mesmo tempo em que desenvolve as funções da inteligência.

O desenvolvimento da psicomotricidade faz-se através da evolução da criança, na sua troca com o meio, numa conquista que aos poucos vai ampliando sua capacidade de adaptar-se as necessidades comuns.

Destacamos assim, alguns fatores da psicomotricidade que são de importância para o professor: a percepção, esquema corporal e lateralidade.

O brincar como atividade livre e espontânea é responsável pelo desenvolvimento físico, moral e cognitivo, e os dons dos brinquedos como objetos que subsidiam as atividades infantis.

Sendo assim, é importante ao educador ter consciência de que o “brincar” é uma necessidade interior da criança e, por conseguinte, a necessidade de brincar é inerente ao desenvolvimento.

O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES:



·        Engatinhar,

·        Rolar,

·        Balançar,

·        Dar cambalhotas,

·        Se equilibrar em um só pé,

·        Andar para os lados,

·        Passar debaixo de cadeiras

·        Brincar no cavalinho balançando o corpinho pra frente e pra trás,

·        Subir nos degraus e escorregar no escorregador

·        Assoprar e encher balões

·        Manter os balões no ar dando tapinhas e jogando para cima,

·        Equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão

·        Andar em caminhos com obstáculos, latinhas, almofadas ou garrafas pet com água.

·        Desenhar um caracol no chão e andar seguindo o caminho do caracol,

·        Caminhar sobre materiais variados (passeios ao ar livre), etc.....

Atualmente a psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.

Objetivos:

   Trabalhar a educação a partir do próprio corpo.

   Perceber o corpo e seus movimentos.

 Justificativa:

"O brincar" na educação infantil, quer seja como recreação psicomotora orientada ou livremente, aponta sempre para resultados positivos para a criança. Oferece inúmeras oportunidades educativas: desenvolvimento corporal, desenvolvimento mental harmonioso, estímulo à criatividade, à socialização, à cooperação.



Atividades:

·         Rolar no colchão.



·         Dar cambalhotas.



·         Pedalar como se estivesse andando de bicicleta.



·         Passar debaixo de cadeiras.



·         Equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão.



·         Andar em caminhos com zig zag.



·         Andar com as pernas abertas.



·         Entrar dentro de caixotes.



Avaliação: Avaliar se as crianças participaram das atividades orientadas ou se algumas tiveram "resistência" em participar. Sabemos que dificuldades vão ser encontradas porque até "alguns adultos" possuem dificuldades em dar cambalhotas, rolar, andar em zig zag... No entanto, é importante que todos participem das atividades.



DICAS BIBLIOGRÁFICAS

CHICON, José Francisco. Prática psicopedagógica integrada em crianças com necessidades educativas especiais: abordagem psicomotora. Vitória: CEFD/UFES, 1999.

FONSECA,Vitor. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem.  Ed.Ancora,2006

LAPIERRE, André; AUCOUTURIER, Bernard. A simbologia do movimento, psicomotricidade e educação. São Paulo: Manole, 1986.

LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: a psicomotricidade na idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Atividades que desenvolvem a psicomotricidade


·         Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.



·         Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.



·         Toca do Coelho: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.



·         Dentro e Fora: Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados.



·         Arremesso: O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráfico explicativo.



·         Pneus: Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair.





·         Que som é esse?: Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos.



·         Caixa Surpresa: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é.



·         Pega-Pega Diferente: Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas.

domingo, 11 de março de 2012

Mega Especial: Música


Divisão das músicas quanto ao tipo da brincadeira




As rodas e brincadeiras cantadas podem ser divididas pelos seguintes agrupamentos:
• Cantigas e brincadeiras de roda: Ciranda cirandinha, Atirei o pau no gato, A galinha do vizinho, Tindolelê, Passa anel, Escravos de Jô, Batata quente, Lenço atrás
• Rodas de verso: Sereia; Ciranda cirandinha;
• Brincadeiras de palmas: Eu com as quatro, pirulito que bate, bate;
• Para selecionar: Lá em cima do piano, Mamãe mandou, uni duni tê;
• De adivinhar: Senhor Caçador;
• De esconder: Balança caixão; Gato Mia
• De fileira: Passa passa gavião, Passa passa cavalheiro (variação da anterior)
• De pegar: Enquanto seu lobo não vêm, Uni duni tê;
• Chamadas para brincar: Quem quer brincar põe o dedo aqui que já vai fechar...
• Histórias Cantadas: História da caveira

Essas brincadeiras são marcadas por versos, com ou sem rima. Exemplos são boneca de lata, de Embu (SP), cabeça, ombro, joelho e pé , de Pirenópolis (GO), e chica, chica bum, de Campina Grande (PB).

Outras variações do mesmo grupo podem ser pesquisadas na área das brincadeiras cantadas.

Brincadeiras Cantadas








Descrição das brincadeiras no site: http://mapadobrincar.folha.com.br



Músicas com Gestos:Ampliação do repertório Músical

1 - CARANGUEJO

Palma,palma,palma

PÉ,pé,pé

Roda, roda,roda,

Caranguejo, peixe é



Caranguejo não é peixe

Caranguejo, peixe é

Caranguejo só é peixe

Na enchente da maré



Ora palma, palma, palma

Ora, pé, pé, pé

Ora roda, roda ,roda

Caranguejo, peixe é!



_ PARTICIPANTES No mínimo dois.

_ ORGANIZAÇÃO Em roda.

_ COMO BRINCAR As crianças giram e, no verso “Ora, palma, palma, palma!”, todas batem palmas; em “Ora, pé, pé, pé!”,

batem os pés no chão; e ao cantar “Ora, roda, roda, roda”, giram de mãos dadas até o fim da música. No último verso, “Caranguejo peixe é!”, elas agacham



2 - João trabalha com um martelo

João trabalha com 1 martelo

João trabalha com 1 martelo (fazer o movimento do martelo com um dos braços)

Agora trabalha com 2 (mexer os dois braços)



João trabalha com 2 martelos

João trabalha com 2 martelos

Agora trabalha com 3 (mexer os braços e uma perna)

João trabalha com 3 martelos

João trabalha com 3 martelos

Agora trabalha com 4 (mexer os braços e as pernas)



João trabalha com 4 martelos

João trabalha com 4 martelos

Agora trabalha com 5 (mexer os braços, as pernas e a cabeça)

João trabalha com 5 martelos

João trabalha com 5 martelos

Agora vai descansar (relaxar o corpo)



3 - A Barca Virou

A barca virou,

No fundo do mar,

Porque a (nome da pessoa)

Não soube remar.

Adeus (nome da pessoa) !

Adeus, Maranhão !

Adeus, (nome da pessoa) !

Do meu coração !



Essa cantiga é uma variação de “A Canoa Virou” e pode ser usada em brincadeira de roda.

Como usar em brincadeira de roda:

As crianças de mãos dadas formam uma roda e giram cantando. A criança cujo nome foi mencionado nas quadras, sai da roda.

Repetem-se as quadras, citando-se o nome de cada criança que estava à esquerda daquela que saiu. Prossegue a brincadeira até que a roda desapareça.



4 - Indiozinhos

Um, dois, três indiozinhos

Quatro, cinco, seis indiozinhos

Sete, oito, nove indiozinhos

Dez num pequeno bote

Iam navegando pelo rio abaixo

Quando um jacaré se aproximou

E o pequeno bote dos indiozinhos

Quase, quase virou,

Mais não virou.





Otimo para incentivar as crianças a começarem a contar.



5 - Janelinha

A janelinha fecha

Quando está chovendo

A janelinha abre

Se o sol está aparecendo



Fechou, abriu

Fechou, abriu, fechou.



Abriu, fechou

Abriu, fechou, abriu.



6 - A BARATA

A BARATA DIZ QUE TEM

SETE SAIAS DE FILÓ.

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É UMA SÓ.

AH! AH! AH!

OH! OH! OH!

ELA TEM É UMA SÓ.(bis)

A BARATA DIZ QUE TEM

SETE SAIAS DE BALÃO.

É MENTIRA DA BARATA

NÃO TEM DINHEIRO NEM PRO SABÃO

AH! AH! AH!

OH! OH! OH!

NEM DINHEIRO PRO SABÃO.(bis)

A BARATA DIZ QUE TEM

UM SAPATO DE FIVELA.

É MENTIRA DA BARATA

O SAPATO É DA MÃE DELA.

AH! AH! AH!

OH! OH! OH!

O SAPATO É DA MÃE DELA.(bis)

7 - EU VI O SAPO

EU VI O SAPO

NA BEIRA DO RIO

DE CAMISA VERDE

SENTINDO FRIO

NÃO ERA SAPO

NEM PERERECA

ERA O (nome da criança) SÓ DE CUECA



8 - LOJA DO MESTRE ANDRÉ

Ai olé , ai olé

Foi na loja do mestre André



Foi na loja do mestre André

Que eu comprei um pianinho

Plim, plim, plim, um pianinho



Foi na loja do mestre André

Que eu comprei um violão

Dão, dão, dão um violão

Plim, plim plim, um pianinho



Foi na loja do mestre André

Que eu comprei uma flautinha

Fá, flá, flá, uma flautinha

Dão, dão, dão um violão

Plim, plim plim, um pianinho



9 - ESCRAVOS DE JÓ

ESCRAVOS DE JÓ

JOGAVAM CAXANGÁ

TIRA,PÕE, DEIXA FICAR

GUERREIROS COM GUERREIROS

FAZEM ZIGUE,ZIGUE,ZÁ



_ MATERIAL Uma pedrinha para cada criança ou qualquer outro objeto pequeno.

_ PARTICIPANTES No mínimo dois.

_ ORGANIZAÇÃO Em círculo, sentados no chão.

_ COMO BRINCAR Cada um coloca uma pedrinha à sua frente. Enquanto canta, a criança pega a sua pedra e coloca na frente do colega, sentado à sua direita. Nos versos “Tira, põe / Deixa ficar!”, todas tiram a pedrinha da frente do colega, colocam na sua frente e a deixam ali por alguns segundos. Quando cantam “Guerreiros com guerreiros”, as crianças retomam os movimentos até o verso “Fazem zigue, zigue, zá!” Nesse momento, os participantes seguram a pedra movimentando-a de lá para cá e deixando-a, por fim, na frente do colega.



10 - FUI AO MERCADO

FUI AO MERCADO COMPRAR CAFÉ

E A FORMIGUINHA SUBIU NO MEU PÉ

EU SACUDI, SACUDI, SACUDI

MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR



FUI AO MERCADO COMPRAR BATATA ROXA

E A FORMIGUINHA SUBIU NA MINHA COXA

EU SACUDI,SACUDI, SACUDI

MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR



FUI AO MERCADO COMPRAR LIMÃO

E A FORMIGUINHA SUBIU NA MINHA MÃO

EU SACUDI, SACUDI, SACUDI

MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR



FUI AO MERCADO COMPRAR JERIMUM

E A FORMIGUINHA SUBIU NO MEU BUMBUM

EU SACUDI, SACUDI, SACUDI

MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR



11 - Rosa juvenil

A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil

A linda Rosa juvenil, juvenil

Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar

Vivia alegre no seu lar, no seu lar

Um dia veio uma bruxa má, muito má, muito má

Um dia veio uma bruxa má, muito má

E adormeceu a Rosa assim, bem assim, bem assim

E adormeceu a Rosa assim, bem assim

E o tempo passou a correr, a correr, a correr

E o tempo passou a correr, a correr

O mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor

E o mato cresceu ao redor, ao redor

Um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei

Um dia veio um belo rei, belo rei

E despertou a Rosa assim, bem assim, bem assim

E despertou a Rosa assim, bem assim

E tudo ficou bem feliz, bem feliz, bem feliz

E tudo ficou bem feliz, bem feliz



12 - Casinha

Fui morar numa casinha- nha

Infestada- da de cupim- pim- pim

Saiu de lá- lá- lá

Uma lagartixa- xá

Olhou pra mim

Olhou pra mim e fez assim:

Smack! Smack



Fui morar numa casinha - nha

infestada-da de morceguinho-nho

saiu de lá - lá - lá

uma bruxinha - nha

olhou pra mim

olhou pra mim e fez assim

(dar uma gargalhada)



Fui morar numa casinha - nha

infeitada-da de florzinha - nha

saiu de lá - lá - lá

uma princesinha - nha

olhou pra mim

olhou pra mim e fez assim

(mandar beijinhos)



13 - A galinha do vizinho

A galinha do vizinho

Bota ovo amarelinho.

Bota um, bota dois, bota três,

Bota quatro, bota cinco, bota seis,

Bota sete, bota oito, bota nove,

Bota dez!



Brincadeira:

Com ela, a turminha vai aprender a contar

_ PARTICIPANTES: No mínimo dois.

_ ORGANIZAÇÃO Em roda.

_ COMO BRINCAR As crianças cantam a música e ao chegar ao número dez dão um pulo e se agacham.



14 - CACHORRINHO ESTÁ LATINDO

Cachorrinho está latindo

Lá no fundo do quintal.

Cala a boca, cachorrinho,

Deixa o meu benzinho entrar.

Ô esquindô lê, lê!

Ô esquindô lê, lê, lá, lá!

Ô esquindô lê, lê!

Não sou eu que caio lá!

Cachorrinho está latindo

Lá no fundo do quintal.

Cala a boca, cachorrinho,

Deixa o meu benzinho entrar.



Brincadeira:

Quem está no centro da roda pula num pé só. O resto bate palmas, desenvolvendo o ritmo

PARTICIPANTES: No mínimo três.

ORGANIZAÇÃO: Em roda com uma criança no centro.

COMO BRINCAR: A turma gira e canta. No verso “Ô esquindô lê, lê!”, as crianças batem palmas. A do centro escolhe um colega. Os dois cantam essa parte pulando ora com um pé, ora com outro. A criança do centro cede o seu lugar para a escolhida da roda e todos recomeçam.



15 - PASSA, PASSA, GAVIÃO

Passa, passa, Gavião,

Todo mundo passa.

Os carpinteiros fazem assim,

Os carpinteiros fazem assim,

Assim, assim,

Assim, assim.

Os cavaleiros fazem assim,

Os cavaleiros fazem assim,

Assim, assim,

Assim, assim.

Os sapateiros fazem assim,

Os sapateiros fazem assim,

Assim, assim,

Assim, assim.



Brincadeira:

PARTICIPANTES: No mínimo dois.

ORGANIZAÇÃO: Em roda.

COMO BRINCAR As crianças giram e cantam sempre imitando um ofício( sapateiro, carpinteiro).



16 - SENHORA DONA SANCHA

Senhora dona Sancha,

Coberta de ouro e prata,

Descubra seu rosto,

Queremos ver sua cara.

Que anjos são esses,

Que andam rodeando

De noite e de dia,

Padre-Nosso, Ave-Maria!

Somos filhos de um rei,

E netos do visconde

E o “seu” rei mandou dizer

Para todos se esconder.

Trabalhando com o silencio e os sons

Atividade 1

a) Peça aos alunos que evitem produzir qualquer tipo de som e proponha a eles que simplesmente percebam tudo que puderem ouvir durante 1 ou 2 minutos.

b) Liste no quadro os sons relatados pelos alunos. Podem-se propor outras ‘rodadas’ do exercício buscando eliminar o máximo de sons internos da sala, ou seja, sons que possam ser controlados pelo grupo. Por exemplo, se ouvem o ventilador, o que acontece se desligarmos? E se fecharmos a porta? Desligarmos o ar condicionado? Pararmos de bater os pés? Respirarmos suavemente? Ao interromper algum som na sala, podem-se ouvir novos sons antes imperceptíveis no ambiente externo? Repita a experiência. Os sons ouvidos são música?

c) Para exemplificar o conceito de ruído, proponha agora que os alunos interfiram com seus próprios sons na paisagem sonora ouvida. Por exemplo, peça que todos falem ao mesmo tempo e pergunte se conseguem compreender o significado do que dizem. Pergunte quantos sons suaves e naturais deixamos de ouvir no momento em que ouvimos sons fortes e tecnológicos. Proponha uma reflexão sobre o momento da aula sugerindo que os alunos interrompam com sons toda vez que o professor falar. Pergunte a eles o que acontece. A comunicação fica prejudicada? Interessa a noção de ruído como algo que atrapalha a intenção sonora de um determinado momento. Se um aluno arrasta as cadeiras enquanto alguém fala é um ruído? O som da cadeira arrastada é necessariamente ruído ou pode ser musical? Proponha à turma que levante e arraste suas cadeiras propositalmente. Isto tem algo de musical? Experimente com seus alunos outras formas de organizar os sons das cadeiras.

Atividade 2

a) Proponha que a turma se divida em grupos de cerca de 4 alunos. Os grupos podem ter mais integrantes se achar adequado. Sorteie uma situação de paisagem sonora proposta. Ex: praia, shopping, estádio de futebol, aeroporto, trânsito, feira livre etc. Acrescente outras ideias possíveis a partir da sua realidade.

b) Dê tempo para que os grupos elaborem a paisagem sonora com quaisquer objetos que tenham disponíveis, voz e/ou sons corporais.

Atividade 3

a) Apresentação das paisagens sonoras.

b) Escolha um ‘regente’ para dirigir as diversas paisagens sonoras intencionalmente. O aluno poderá controlar os momentos em que cada grupo de paisagem sonora é ativado apontando com as mãos. Propomos o seguinte código:

- mão aberta – execução dos sons

- mão fechada – interrupção dos sons

- mãos ao alto – os sons são executados em volume alto

- mãos abaixo – os sons são executados em volume baixo

- movimentos rápidos com as mãos – andamento rápido

- movimentos lentos – andamento lento

Obs.: A complexidade desta ‘regência’ pode variar de acordo com o grau de familiaridade que os alunos já apresentem em relação a estes parâmetros do som (duração, intensidade).



Montando uma bandinha: explorando os sons e a percepção auditiva

Atividade 1: Professor/a leve para a sala músicas clássicas ou outros sons de sua preferência. Algumas sugestões, sons da natureza, sons de animais, sons diversos como carro andando, buzina, dentre outros. Escolha um deles para começar seu trabalho. Se quiser, eleja uma quantidade de sons para ser trabalhada. Coloque a música/som para as crianças ouvirem. Torne esse momento o mais tranquilo possível conduzindo-as a se envolverem na atividade. Na segunda vez que a música for tocada, dê uma folha sulfite para que elas façam um registro de seus sentimentos e emoções provocadas pela música. Exponha os trabalhos no mural da sala.

Atividade 2: Escolha uma música fácil, de conhecimento das crianças para brincar com os ritmos e sons. Para isso, explore várias canções infantis a fim de perceber quais eles dominam melhor. Feito a escolha, coloque as crianças em roda e cante com elas a música escolhida. Ao cantar vá fazendo alguns gestos, por exemplo: comece batendo palmas no ritmo, depois os pés, estalando os dedos e assim por diante. Repita essa brincadeira várias vezes até que as crianças estejam bem ritmadas.

Atividade 3: Em outro momento promova novamente o trabalho com o ritmo das crianças oferecendo pedacinhos de madeira para cantarem e ouvirem as músicas acompanhando com o som que os pauzinhos provocam ao serem batidos de leve no chão.

Atividade 4: Convide as crianças para montar uma bandinha com material reciclável. Faça um levantamento sobre quais instrumentos elas conhecem e construa em um cartaz coletivo a lista sugerida. Depois disso, mãos a obra. Construa um instrumento por vez explorando todas as suas características, sons, formato, materiais necessários etc.

Sugestões de instrumentos para a bandinha e orientações de como fazer :

§ Pauzinhos/Clava - dois pedaços de cabos de vassoura, o som varia de acordo com o tamanho e a espessura da madeira; Ao bater um contra o outro é que produzimos som.

§ Chocalho de tampinhas; uma pequena madeira em forma de forquilha (Y), de forma que a criança possa segurar. Pegue cinco ou seis tampinhas de garrafa de metal e amasse bem, até virarem pequenos discos. Faça um furo no centro, do tamanho suficiente para as tampinhas deslizarem através de um fio de arame; Passe o arame no furo da tampinha; prenda o fio, como um varal, nas duas extremidades superiores da forquilha. A criança segura o chocalho e movimenta-o com ritmo.

§ Cocos; Casca de coco cortada ao meio e lixada.

§ Guizos; um pedaço de cabo de vassoura. Passe os guizos no arame e prenda-os nas extremidades do cabo de vassoura. Confeccionado os instrumentos é hora de ensaiar, brincar e cantar com os sons e ritmos.

Os atributos do som:

Altura: agudo, médio, grave.

Intensidade: forte, fraco.

Duração: longo, curto.

Timbre: é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos.

Os atributos do som podem ser trabalhados por meio de comparação, diferenciando um som agudo de um grave, forte de um fraco, ou longo de um curto. Mas é mais interessante o uso de jogos musicais, como por exemplo, o Jogo do Grave e Agudo (baseado no Morto Vivo, só que usa um som agudo para ficar em pé e um grave para abaixar, o som pode ser produzido por um instrumento, por apitos com alturas diferentes ou pela voz). O jogo de Esconde-Esconde onde as crianças escolhem um objeto a ser escondido, e uma delas se retira da classe enquanto as outras escondem o objeto. A criança que saiu retorna para procurar o objeto e as outras devem ajudá-la a encontrar produzindo sons com maior intensidade quando estiver perto, e menor intensidade quando estiver longe. O som poderá ser produzido com a boca, palmas, ou da forma que acharem melhor. Essa brincadeira leva a criança a controlar a intensidade sonora e desenvolve a noção de espaço.

Para trabalhar a noção de duração o educador pode pedir para que as crianças desenhem o som. Não é desenhar a fonte sonora, mas sim descrever a impressão que o som causou, se foi demorado ou breve, ascendente ou descendente. Por fim, para se trabalhar o timbre o educador pode pedir para que uma criança fique de costas para a turma enquanto estes cantam uma canção, ao sinal do professor todos param de cantar e apenas uma criança continua, a que estava de costas deve adivinhar quem continuou. Estas são apenas sugestões, existem diversos outros jogos que podem ser realizados.

Fazer musical



Manuseia objetos que produzem sons (ex.: pequenos tambores, chocalhos,

recipientes de plásticos cheios de diferentes materiais).

 Explora materiais sonoros diversos.

1. Atividade com caixa: A educadora pode trabalhar a intensidade do som

(forte/fraco) andando ou correndo, pisando forte ou fraco de acordo com o

batuque da caixa;

2. Potes de iogurte ou danoninho e bolinhas de papel imitando um chocalho

para trabalhar a duração do som (curto/longo);

3. Trabalhar com garrafa plástica imitando o som de um reco-reco;

4. O educador depois de ter trabalhado, separadamente, as construções dos

instrumentos pode formar uma bandinha com as crianças;

5. Fazer uma comparação do som dos instrumentos instrumentais feitos com

materiais recicláveis com o som dos instrumentos originais;

6. Trabalhar com a bandinha;

7. Fazer ruídos e sons com: pano, semente e plástico.



 Participa de brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.

1. Fazer com que as crianças repitam sons generalizados, produzidos pelo

próprio corpo e instrumentais;

2. Dançar ao ritmo das músicas, sozinhos em dupla, trio, ou pequenos grupos;

3. Ouvir músicas variadas, com ritmos variados; brincar de dança das cadeiras

com diferentes ritmos;

4. Trabalhar com o corpo a partir de ritmos associados a melodias;

5. Brincar de completar a música cantada pela educadora.



Apreciação musical

 Escuta obras musicais variadas

1. A educadora canta melodias curtas, cantigas de ninar, encantados com o que

ouvem os bebês tentam imitar e responder com balbucio;

2. Trabalhar com músicas de rodas e cirandas;

3. Atividades com musicas que utilizam instrumentos de percussão como

chocalhos, tambores, etc;

4. Trabalhar com músicas instrumentais especialmente na hora do relaxamento;

5. Músicas educativas.



Escuta diversos tipos de som (Ex.: telefone, companhia, a água correndo, a

chuva, o cachorro latindo, o avião, etc.)

1. Trabalhar com as crianças a observação de batimentos rítmicos corporais

(palmas, batidas nas pernas, pés, etc.);

2. Escutar com atenção e diferenciar os diversos toques de um telefone;

3. Atividade com bacia e água: encher uma bacia com água. A educadora com

as mãos, irá produzir alguns sons fazendo a diferença com o som produzido

por uma água correndo;

4. Em um dia de chuva convidar os alunos a escutar o som produzido pela água

da chuva no solo;

5. Atividade com papeis de revistas, encartes, etc: Pedir aos alunos para sacudir

os papéis para ouvirem os sons produzidos.



 Participa de situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.

1. Bater palmas marcando o tempo, seguindo a música, ao sinal da educadora

parar de bater palmas e cantar;

2. Brincadeira de roda;

3. Brincadeira da Estátua;

4. Fazer teatrinho utilizando a música como tema de acordo com a área de

conhecimento a ser explorada;

5. Brincadeira da cadeira.


Conclusão: A construção de significados musicais estão relacionados a uma série de fatores simbólicos que irão determinar a inserção e o engajamento do indivíduo a sociedade, ou seja, o processo de educação musical também deve pontuar os gostos, preferências e estilos de vida, associados às diversas manifestações musicais da contemporaneidade.